A grande
massa e o homem-massa-médio.
A massa é o conjunto, a aglomeração,
espécie de coletividade sem específica qualidade. Não se trata de classes
sociais, pois todos nós pertencemos, a priori, a massa e dela só emergem os que
alcançam maioridade intelectual, cujos pensamentos derivam-se de ponderações
reflexivas próprias.
Ao
contrário do que a massa pensa, o verdadeiro homem seleto ou da minoria, não é
aquele tipo petulante que se acredita superior aos demais, mas sim aquele que
exige de si mesmo cada vez mais, como disse um filósofo, não se trata de
classes sociais, mas de classes de pessoas.
Das massas,
em geral, sai o homem-massa-médio, aquele tipo que tem muitas opiniões, mas não
conhecimento. A massa se monstra aberta e receptiva a esse homem medíocre cheio
de opiniões, e que, por conseguinte, ele acaba se tornando uma espécie de
intelectualóide das massas, e assim todos ficam como boias à deriva.
Os
intelectualóides das massas acreditam serem formadores de opinião, e de fato o são
para a massa, pois de certa forma detém algumas habilidades persuasivas, leem
ou estudam um pouquinho mais, ouvem noticiários e outras opiniões com mais
frequência do que as massas.
Eis que
surge o homem-massa-médio, o intelectual das massas, alguns até publicam
livros, dão palestras, transformam-se em gurus, cuja sapiência transcende para
além das verdadeiras produções intelectuais, que demandam anos de estudos,
pesquisas, mas o homem-massa-médio, que, ao deparar-se com algum assunto que
nunca se ocupou e se vier a lê-lo (no caso ele não lê, mas apenas olha), nunca
será com intuito de aprender algo dele, mas, muito pelo contrário,
ridicularizará e julgará, por que não estará de acordo com as vulgaridades da
sua cabecinha.
As massas
sufocam tudo que é diferente, individual, qualificado e seleto, pois quem não
for igual a todos e não pensar como todo o mundo, estará fadado à
marginalização social, pois o caráter das massas triunfa hoje em todas as áreas
da vida.
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