Resgatando o amor
desperdiçado.
Filósofos, poetas,
escritores podem tão magnificamente discorrer sobre o amor, porém, jamais podem,
pois, decretar o que é realmente o amor. Posso eu aqui expressar-me nestas
entrelinhas, as mais esplendidas e elaboradas palavras, rimadas e harmonizadas poeticamente,
porém, elas jamais traduzirão o que de fato há no meu coração e na minha mente.
Sei que estou longe de ser aquele ideal de amor, pois, sou por demais,
imperfeito demais, e a culpa diariamente faz-me companhia, me fazendo sentir
remorsos, porque sei que posso ser alguém melhor.
Minha pequena, sei
que não sou o que mereces ter, estou tão longe de te corresponder, isso
maltrata-me internamente, porque sei que foi você que resgatou-me de meus anos
de repleta solidão.
Dos meus anos que
desperdicei amor em caricias desesperadas, em noites obscuras e atormentadas.
Vivia anos de
repletos vazios e sem significados, uma vida somente de amores desperdiçados.
Buscava pensar
naquilo que estava sentindo e sentir aquilo que estava fazendo, mas não necessariamente
me envolvia em nada.
Às vezes me olhava
no espelho e em meus olhos via uma fome e um grito desesperado, que rasgava a
madrugada clamando em gritos insonoros, mas o que tinha eram apenas resquícios
de afetos despedaçados.
Talvez um dia
serei quem devo ser, pois, a cada dia quero e tento sepultar um pouco do meu velho eu, que sei que
existe com estes demônios meus, mas peço em súplicas, em meu oculto, ajuda a
Deus, pois sei que foi Ele quem me colocou nos braços seus e, por meio deles,
acolheu-me junto ao seu lindo coração, que
resultou num precioso fruto de nossa união.
Talvez um dia
serei um homem melhor, pois aos poucos estou saindo dos meus escombros, de meus
destroços, mas até agora estou fazendo o melhor que posso, para que o seu TU com o
meu EU sejam o Nosso, porque com você ao meu lado, tenho resgatado todo o meu
amor desperdiçado.